Histórico
A Arabidopsis thaliana é uma pequena planta herbácea da família das Brassicaceae e uma espécie autóctone da Europa, da Ásia e do noroeste africano. Em Portugal pode também ser conhecida por outros nomes, como Erva-estrelada, Arabidopse-do-tale ou Arabeta.
A Arabidopsis thaliana foi descoberta por Johannes Thal nas montanhas de Harz, na Alemanha no século XVI. O nome dado a esta espécie na época foi Pilosella siliquosa, o qual foi alterado várias vezes até chegar ao nome conhecido hoje (Rédei, 1975). O primeiro mutante, foi descrito em 1873 por Alexander Braun (Arabidopsis home, 2006) e em 1943, Friedrich Laibach relatou o potencial desta espécie como planta modelo e começou a construir, juntamente com uma aluna sua, Erna Reinholz, a primeira coleção de mutantes induzidos de A. thaliana, utilizando raios-x (Laibach, 1943). Este mesmo autor descreveu o número correto de cromossomos da espécie, cinco, no ano de 1907.
O início de uma comunidade de pesquisa em Arabidopsis data de uma newsletter chamada "Arabidopsis Information Service", estabelecida em 1964. A primeira Conferência Internacional de Arabidopsis ocorreu em 1965, em Göttingen, Alemanha. A partir de 1980, a Arabidopsis começou a ser amplamente utilizada em laboratórios de pesquisa vegetal em todo mundo.
O estabelecimento desta planta como modelo ocorreu em 1986 quando foi publicada a sua transformação genética e o isolamento do primeiro gene (Stachel et al., 1986). No ano de 2000, obteve-se o primeiro rascunho da sequência do seu genoma, o que consolidou o uso desta como modelo (The Arabidopsis Genome Initiative, 2000). A evolução do número de trabalhos publicados foi tão grande que, atualmente, são produzidos mais de 20 artigos por dia útil mencionando a Arabidopsis.
