
Metodologia
O procedimento experimental teve por base a submissão de Arabidopsis thaliana, a diferentes períodos de exposição a radiofrequências emitidas por telemóveis em modo de conversação.
As condições de exposição usadas no estudo foram
geradas por dois telemóveis GSM de 3ª geração. De acordo com as especificações
dos fabricantes, a taxa de absorção específica (SAR) dos equipamentos usados é
de 0,297 W/Kg e 0,98 W/Kg. Nas medições da intensidade do campo elétrico, usou-se um medidor de campo de três eixos, colocado à mesma distância dos telemóveis a que se colocaram os
vasos e as caixas de Petri. A intensidade do campo
elétrico (média) em cada ensaio experimental, foi medida por um período de 6
minutos de acordo com as diretrizes da ICNIRP.
Os ensaios decorreram numa sala climatizada a 21 ± 1°C e com fotoperíodo natural. Para indução do desenvolvimento das inflorescências foram transferidas para o interior de uma pequena câmara com fotoperíodo de 14:10 h luz-noite.
Os ensaios experimentais foram concebidos para aplicar na geração parental (F0) e nas gerações F1 e F2.
Foram estabelecidos como momentos cruciais para a aplicação das radiofrequências, a germinação das sementes, a formação do botão floral e desenvolvimento da inflorescência.
1. Ensaios de germinação
Os ensaios de germinação das sementes de Arabidopsis thaliana da geração parental (F0), foram realizados em caixas de Petri e em vasos com solo.
As sementes foram submetidas a períodos de exposição diária a radiofrequências de 2h, 1h, entre o 3º e 10º dias
2. Ensaios sobre o botão floral e inflorescências
As plantas jovens resultantes dos ensaios de germinação foram transplantadas para vasos retangulares de dimensão 45 x 22 cm. Aproximadamente de 7 em 7 dias, foram regadas cuidadosamente com água mineral, mantendo o solo húmido sem o alagar.
Após a emergência do botão floral, foi retomada a exposição diária a radiofrequências até à queda das pétalas.