Radiofrequências
As tecnologias wireless fazem parte do nosso quotidiano e todas as zonas urbanas e a maioria das regiões rurais estão expostas, permanentemente, a diversas radiações de radiofrequência (RF), cujas principais fontes incluem os emissores para as comunicações móveis, que transmitem nas frequências compreendidas entre 890-2170 MHz, os de televisão e rádio que emitem entre 50-860 MHz e os sistemas WiFi com emissão a 2,4 GHz.
Existem alguns trabalhos de investigação, demonstrando que a exposição à gama de radiofrequências transmitidas pelos emissores para as comunicações móveis afeta a fertilidade masculina em humanos e ratos, contudo desconhecem-se totalmente os mecanismos envolvidos. Outros estudos sugerem que os efeitos das RF envolvem processos epigenéticos, tais como alterações na expressão de genes e síntese de proteínas, que decorrem de alterações ao nível da transcrição - ativando ou silenciando genes. Porém, até à data, são poucos os estudos sobre o potencial das radiofrequências na indução de epimutações na linha germinativa e sobre o efeito transgeracional dessas eventuais alterações.
Apesar das plantas não terem um sistema nervoso ou um cérebro, as suas células têm a capacidade de memorizar alterações ambientais a que estão sujeitas. O ambiente pode rapidamente deixar modificações nos genomas dos seres vivos. Estas, são chamadas de modificações epigenéticas e afetam as gerações futuras.